segunda-feira, 23 de abril de 2007

Sobre trejeitos femininos

O blog é sobre a vaidade feminina, mas vou desviar só um pouquinho do tema, tenho que postar isso. O episódio abaixo aconteceu hj.

Após o almoço, vou ao banheiro escovar os dentes. De repente, entra como um furacão uma mulher. Passa atrás de mim, para pegar papel:

"COM LICEAANÇAAMM?!"

À pia, joga o cabelo para o lado esquerdo, abre a necessaire. Joga o cabelo para o outro lado, passa pasta de dente na escova. Depois da higiene bucal passa pó, batom. Se dirige ao toalete, joga o cabelo (depois da terceira jogada de cabelo eu já não conseguia mais notar para que lado ela o jogava), abre a porta, entra, fecha a porta. Daí pra frente, eu imaginava: joga o cabelo, dá descarga. Joga o cabelo, abre a porta. Saindo, se dirige ao espelho, olha, joga o cabelo, vira de costas, olha a bunda. Lava a mão, passa por trás de mim novamente, quando dá a paradinha pra pegar o papel aproveita a inércia do corpo pra jogar o cabelo. Se dirige à porta, fica no ar o ritmo do impacto no piso do salto de uns 9 centímetros e o rastro de perfume oriental.

Era uma mulher-travesti. Tipo, acho que por baixo da saia ela não era homem não, mas tinha trejeitos travequíssimos.

Anyway, eu sempre fico impressionada com a capacidade dos travestis serem mais femininos do que as próprias mulheres. Mas o que é ser "mais feminino que uma mulher"? Porquê trejeitos que demonstram afetação são considerados femininos? Fala de mulher, só gravando é possível explicar. É um jeito afetado que vc só imagina mulher ou travesti falando.

Eu sou mulher mas não sinto necessidade de jogar o cabelo, de falar de um jeito de mulher, de gesticular desmunhecando. E quando vejo isso, me irrita. E como irrita. Será que só a mim?

4 comentários:

Angela disse...

e quando uma mulher-travsti resolve dançar na sua frente em um show lotado?
ou vc engole cabelo ou ela acaba com uma mecha a menos, que depois vc descobre enroscada no seu colar.

Regina disse...

Por um tempo eu me achei meio traveca, até que eu descobri que é preciso muito mais dedicação à travequice... a começar por falar com "m" no fim de tudoooooommmmmmm...
Mas conviver com a travequice feminina é pesado. Irrita, faz mal à cutis.
Ah, e eu sou a pessoa de Moda. QUE QUE EU TÔ FAZENDO COMIGOOOOOO????

Ronaldo Evangelista disse...

Quanta inveja da feminilidade alheia, hein, dani?

Ronaldo Evangelista disse...

E já dizia o mestre Pepeu:

Ser um homem feminino
Não fere o meu lado masculino
Se Deus é menina e menino
Sou masculino e feminino